quarta-feira, 27 de julho de 2016

Triste Sina Ser Touro de Signo

Nasci sob o signo de Touro se é que isso interessa para alguma coisa.
Mais meia hora e seria do signo Gémeos, se é que isso interessa para alguma coisa.
Em algumas revistas sou uma coisa e noutras outra coisa.
Se é que isso interessa para alguma coisa.

Constatar que a maior parte dos bovinos não tem sorte alguma e achar que por ser do signo Touro nunca me trouxe sorte alguma, interessa-me e muito, nem que seja por estupidez.

Mas vamos a factos:

Avanços consideráveis no que diz respeito às boas relações entre os homens e os animais, não impediram ainda que o canal público português transmita touradas em directo.
Evocar o respeito pelas tradições é um argumento descabido e desprovido de sensatez, mas que permite adivinhar que a RTP transmitiria de bom grado as peripécias de gente atirada aos leões, se a prática ainda existisse no Coliseu de Roma.

Este o exemplo que me choca mais.

Depois, infelizmente, existem os casos próprios de países povoados por acéfalos e mentecaptos.

A 23 de Julho, na Praia das Fontainhas, Terceira, Açores, um grupo de energúmenos atropelou mortalmente um touro, preso por uma corda, durante as tradicionais, estúpidas e abjectas touradas à corda.

Nos Estados Unidos, um homem foi apanhado a fazer sexo com uma vaca.
Descontando ser algo que acontece todos os dias, por exemplo com antigas participantes nos reality shows da TVI, este nojento, de 68 anos, reincidente, levou à letra a questão das "boas relações entre homens e animais".

Para além de concluir que ser touro (ou vaca) não traz sorte nenhuma, espero que, neste último caso,
o homem seja condenado a pagar uma pensão de alimentos até que o bezerro entre na universidade.

Sara para Sarar

Estou farto deste Verão, odeio temperaturas acima dos 30 graus (quanto mais perto dos 40...), a minha casa aquece como um forno, não gosto de praia, tenho sinais perigosos no corpo, um "emprego" que obriga a uma caminhada torturosa de 25 minutos, não gosto de piscinas, não tenho dinheiro para paragens mais frescas, não há futebol a sério, não gosto de beber cervejolas, os gelados fazem-me sede e cedo fico farto disto tudo.

O Verão vale apenas por imagens como a de cima:
Sara Sampaio sem pudores e celulite.

Precariedade

"A vida é como os interruptores: Umas vezes para cima, outras para baixo".
A frase criada para o programa "Humor de Perdição" começa a deixar de fazer sentido para mim.
O interruptor começa a estar permanentemente voltado para baixo, enferrujado, desligado.

O trabalho tornou-se ainda mais precário e já deixou ser tempo de contemplações; a saúde volta a ter fantasmas agitados por cima da minha cabeça, e começa ser tempo de preocupações; e, para não adiantar muito por aqui - afinal, de contas estes desabafos andam pela internet -, nas outras áreas o nível está perigosamente próximo do zero.

Poderá ser precipitado dramatizar e escrever que "estou por um fio", mas se esta ligação à vida é ainda uma corda, esta está-se a esticar.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Encerado

Regresso a este blog com intensa vontade de escrever, uma espécie de adição que dificilmente será tema das revistas de mexericos, até porque não sou sou assim tão famoso ou formoso.

Tem sido uma metade de Verão cheia de pontos de interrogação, molhados por gotas de suor, cortesia de um sol inclemente capaz de levar a temperatura máxima bem para lá dos 30.

Não gosto de "para lá dos 30".
Nem em relação a temperatura, nem quando passei dessa idade, muito menos se estivermos a falar do número de gajos mal encarados à minha espera num beco escuro para me subtraírem haveres e moral.

Bem, quanto aos pontos de interrogação, sem que enuncie as perguntas, deixo a promessa que publicarei as respostas.

Quanto ao Verão escaldante (com novos golpes de calor anunciados já a partir de sábado) e sem verbas para ir caçar Pokémons para a fresquinha Islândia, restam-me as pedrinhas de gelo que trago nos bolsos.

Sim, um dia farei um castelo, mas para já fica a intenção de não baixar os braços, até porque sou resiliente a estes pequenos nadas e a estes grandes "zé-ninguéns" que me atrasam a vida.

O blog está encerado e eu estou a aprender a patinar sem cair.