Antes de mais tendes de saber que havia um homem que tinha um panamá.
Era um adereço extravagante que não dispensava mesmo nos dias com muito vento, até porque o panamá permanecia na sua cabeça como se tivesse cola.
Dir-se-ia que este homem, para além de vaidoso e de gosto discutível para a moda, tinha algo a esconder.
E tinha.
Papéis.
Não uns papéis, quaisquer.
Se estão a pensar que eram acções ou certificados de aforro, tirem o cavalinho da chuva.
Esperem aí.
Não, não está a chover.
Mas perceberam o que quis dizer.
Os papéis que ele escondia debaixo do panamá eram cartas.
Cartas de amor.
Quem as não tem??
Não debaixo do panamá, mas sei lá, debaixo da cama.
E ele escondia estes papéis/cartas de amor, porque eram correspondência proibida.
Com uma mulher casada com o embaixador na Costa Rica ou na Nicarágua, não me lembro.
Sei que não era no Panamá.
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